segunda-feira, março 05, 2007
Fases da lua cheia
Agradeço a todos que têm vindo até aqui, que têm deixado os seus comentários , as suas opiniões, a sua amizade. Hoje deixo-vos um convite para voarmos até outras paragens, como uma andorinha em voo de primavera , despertando para um novo amanhecer qual "A Maravilhosa Viagem de Nils Olgersson através da Suécia". Um beijo para todos.
Estarei em fasesdaluacheia
Não esqueçam , portanto, de mudar os vossos links para o novo blog. Este vai deixar de funcionar.
domingo, março 04, 2007
Mariana
Fez os exames do 12º, entrou para a Faculdade. Embrulhou-se em faixas para apertar a barriga. Foi ao posto médico. Informou-se como doar a criança para adopção. Foi sózinha depôr a Tribunal. Recomendou à mãe que comprasse mais pensos higiénicos , que já não tinha nenhuns...
No dia do parto, foi para o hospital de comboio, sem ninguém para a acompanhar. À noite, telefonou para casa a dizer que ficava com uma amiga a acabar um trabalho para a Faculdade. Registou a bebé . Os pais nunca se aperceberam de nada, apenas o Inspector da Policia que seguiu o processo e acabou por ficar com a menina...
sexta-feira, março 02, 2007
Chocolat by Daniel
la Lune Noir (The Dark Moon)
What secret passions can be revealed by moonlight?
Uma colecção de bombons em chocolate negro, especialmente feita a pensar em mim...
Daniel tem mais sugestões : escolham as vossas
viagens
Anos mais tarde, convidaram-na para ir à Áustria fazer de baby-sitter de dois meninos em plena estação de Inverno, pois os pais das criancinhas queriam fazer sky e não estavam para os aturar; assim passou três semanas de luxo no Tirol e até teve também lições para acompanhar os putos. Regressou às aulas com um bronze espectacular mas foi chamada ao Director porque se esqueceu que em plena Lisboa do sec XX as meninas da época não podiam entrar de calças nos estabelecimentos de ensino.
Fez muitas outras viagens, percursos sempre diferentes, de avião , de barco, de carro que a invadia o prazer de conhecer o mais além …às vezes em grupos, outras com amigos, mas outras tantas só, pelo prazer que isso lhe dava. Adorou daquela vez que não reparou na data e chegou a Roma com um dia de avanço …qual grupo, qual viagem organizada, qual o quê!...não se atrapalhava, não se perdia, gozava o infinito prazer de se encontrar num local desconhecido onde todos falavam uma outra língua , onde tudo lhe era simultaneamente tão estranho e tão familiar!
Educou a filha na mesma onda , ou seja , na verdade a filha herdara todos esses genes da mãe. E agora já crescida, seguia-lhe a passada, independente mas muito responsável. Organizava e planeava as saídas com os amigos, os estudos , as viagens, aprendendo os caminhos, as estradas, os melhores percursos, tendo-se habituado a conduzir para qualquer lado logo que tirou a carta. No entanto, esbarrava com o superproteccionismo (ou a prepotência ) de certos pais que não deixavam os meninos sair nem sequer para um fim de semana. Como naquela vez em que tinham combinado ir a Aviz visitar o Zé e a Carla que estavam no estágio e a mãe do Diogo disse que não os deixava sair de Lisboa às quatro da tarde pois iam chegar de noite …
quinta-feira, março 01, 2007
Se a JANELA é redonda...
todos os desenhos originais foram criados e executados, à lapis-aguarela, por Angela Schnoor
Janelas para o Centro
Feitas para meditação em profundidade, facilitam o desligamento dos papéis representados no dia a dia, inspirando serenidade e relaxamento.
Observe tranqüilamente as doze figuras da série e escolha aquela que, no momento, lhe traga maior sentimento de bem-estar ou com a qual sinta mais afinidade. Uma vez escolhida, coloque-a em lugar calmo e silencioso, apropriado para meditar e olhe para a figura, até que você se torne parte dela.
Caso, inicialmente, não consiga meditar, coloque-a em um local onde a sua visualização seja constante e sistemática. Dentro de algum tempo seus efeitos se farão sentir e a meditação se tornará possível.
Trocar de Série e de Imagem
Somos seres em crescimento e constante mutação e, sendo assim, em algum momento a figura escolhida poderá ter perdido sua força de actuação ou sua eficácia. Esse é o momento de uma avaliação para nova escolha. Tanto a imagem quanto a série podem e devem ser novamente escolhidas sempre que sentirmos necessidade. A tomada de consciência deste momento é parte do autoconhecimento, do processo de centrar-se.
Saiba mais sobre estas JANELAS, o simbolismo do Jardim, da Árvore, das raízes e do Vazio.
Conheça Angela Schnoor, AQUI
terça-feira, fevereiro 27, 2007
Amélia dos Olhos Tristes
Mulher de poucas falas, eficiente, asseada. Gostou do trabalho e disse-lhe se queria voltar na semana seguinte Amélia trabalhava de semana na Empresa de Limpezas e vinha aos sábados fazer o que ela já não podia fazer. Nessa manhã, perguntou-lhe se não conhecia ninguém que precisasse também dela.
-Porquê, não está contente com o seu trabalho, com o patrão? perguntou Carolina.
- É, senhora. E lacónica , pôs os olhos tristes no chão, sem dizer mais nada.
Carolina até falou a duas ou três amigas, viu os anúncios do Correio da Manhã e na semana seguinte perguntou-lhe se tinha Carta de Condução, se poderia ficar interna nalguma casa,
Carta? – disse ela . Eu não tenho nem papéis que o patrão não faz contratos e não consigo ficar legal. Na Escola da minha filha já avisaram que para o ano não pode estudar mais…
Amélia veio da Guiné há uns dois anos e como todas as Amélias aceitou aquele trabalho nas escadas para principiar. Mas ela sabe fazer mais e melhor. A filha está no 11º ano com 16 anos. Carolina disse-lhe para ir procurando nos anúncios dos jornais mas que a maior parte pediam internas, para ficar de noite e de dia..
- Eu até poderia ficar, a minha filha já está crescida, mas o homem com quem eu vivo não é o pai dela e eu não tenho confiança para a deixar com ele…
Carolina ficou amargurada a pensar nos destinos de certas mulheres, africanas ou europeias tanto faz, e de que forma poderia ajudar Amélia-dos-olhos-tristes a ser Amélia –com-um-brilhozinho-nos-olhos…
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
ESPIRITUALIDADE
Como eu seria capaz de viver em um mundo que vem se tornando mais e mais quente a cada ano, um mundo à beira de um colapso? Como lidar com a face negra do ser humano, que vez ou outra ainda é capaz de nos surpreender por sua criativa bestialidade? Como lidar com as pequenas dores do dia-a-dia, com as crianças abandonadas, com aquele homem deitado na rua, com os ursos que já não tem focas para comer, com os momentos de falta de amor no seio de minha própria família?
Na medida em que nos sentimos em unidade com tudo o que existe, em que nos sentimos parte da humanidade, também nos sentimos co-responsáveis pela criação do panorama que vemos ao nosso redor. Nos sentimos co-responsáveis pela destruição, pelas guerras, pelo cinza das cidades, pela dor das crianças. E isso dói, eu sei.
Dói lá no fundo do nosso ser!
Mas só ao sermos capazes de suportar essa dor, só ao nos percebermos como parte daquilo que a vem criando, só então seremos capazes de perceber a nós mesmos também como agentes de cura.
A espiritualidade em mim é também a cura. É o que me abraça quando o ar falta em meus pulmões, quando a tristeza visita meu peito, quando o panorama ensombra meu coração. A espiritualidade em mim é o que me dá força para, apesar de tudo isso, ser capaz de admirar a beleza do nascer do sol a cada dia. A espiritualidade em mim é que sopra palavras em meus ouvidos, e me faz pensar que dividi-las com você pode fazer alguma diferença.
É a espiritualidade em mim, também, que algumas vezes me eleva, no meio de todo esse caos, me conecta a um lugar da mais profunda paz e me faz sentir que existe um sentido oculto para cada pequeno movimento que ocorra no Universo. E de repente, de maneira surpreendente, só existe esse sentimento de gratidão transbordando de meus dedos, escorrendo em sua direção, agora mesmo. Esse sentimento de que tudo está bem, e que estamos em meio a uma onda de despertar coletivo, e que em breve seremos capazes de nos dar as mãos, em uma grande roda, curando assim todas as nossas aflições.
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Indian Head Massage
Ajuda no combate ao stress, melhora a circulação e drenagem linfática, contribui para uma melhor oxigenação do cérebro e intensifica o crescimento capilar, elimina dores de cabeça, combate insónias, ansiedade, dores no pescoço, rigidez muscular dos ombros, nuca e pescoço. Promove um efeito relaxante e de bem-estar.
Tive oportunidade de conhecer esta excelente terapeuta quando da sua participação na Fil "Viver Saúde 2006", através da Terapia Shiatsu-Do, que na altura divulguei. Experimentei a massagem e achei maravilhosa a sensação de bem estar e relaxamento que me transmitiu. Por isso recomendo vivamente. Agora vou experimentar esta Indian Head Massage, para aliviar o stress de quem passa muitas horas sentada ao computador, tarefas exigentes repletas de prazos mais do que comprometedores e sempre , sempre , o imprevisto à nossa espreita!
Tenham um bom fim de semana
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
Violencia doméstica - que fazer?
por SintraVox on Fevereiro 21,2007
A GNR procedeu à deteção na Serra das Minas um homem de 38 anos, acusado de agressões à sua companheira e ao filho de sete meses de idade.
O detido já havia sido objecto de uma queixa da mulher com quem vivia maritalmente desde há cerca de quatro anos em 2005, queixa que foi apresentada no posto da GNR de Rio de Mouro, sendo claro que o cenário de violência doméstica era repetido frequentemente.
Desta vez a companheira e filho foram agredidos com grande violência tendo sido necessário que recebessem assistência hospitalar, o que despoletou a intervenção da GNR.
Fica uma vez mais uma triste visão de como a violência doméstica é tratada em Portugal. Desta vez não morreu mais uma criança, mas tal podia ter acontecido. Porque durante demasiado tempo grassou a indiferença. Estas situações têm de ser tratadas com celeridade.
Refira-se ainda que o homem foi presente ao Tribunal Judicial de Sintra, tendo lhe sido aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.
Fátima Mota
Segundo dados da União Europeia:
- Uma em cada cinco mulheres sofreu maus tratos por parte do seu marido ou companheiro, pelo menos uma vez na vida;
- 25% da totalidade dos crimes violentos que chegam ao domínio público, dizem respeito a agressões perpetradas contra a mulher, pelo seu marido ou companheiro.
Continuamos, assim, em pleno século XXI (diz-se que o anterior foi o "século das mulheres") a assistir a um fenómeno que põe em causa a qualidade de vida e os direitos das mulheres e dos seus filhos, o que nos leva a questionar e a reflectir sobre as estratégias e as medidas que têm vindo a ser adoptadas.
É sabido que a violência conjugal surge na confluência de diferentes tipos de variáveis (pessoais, relacionais, situacionais e culturais) cuja leitura e compreensão assume, muitas vezes, grande dificuldade. Importa evitar cair na tentação de leituras simplistas e soluções aparentes que nada alteram, servindo, apenas, para ajudar a perpetuar o problema. Condenar o culpado e proteger a vítima, por si só, não alteram comportamentos nem dinâmicas relacionais.