domingo, julho 16, 2006

 

ideal

Não tendo que fazer, nem que pensar em fazer, vou pôr neste papel a descripção d’um ideal.


A sensibilidade de Malharmé dentro do estilo de Vieira; sonhar como Verlaine no corpo de Horácio, ser Homero ao luar.

Sentir tudo de todas as maneiras; saber pensar com as emoções e sentir com o pensamento; não desejar muito senão com a imaginação; sofrer com coquetterie; ver claro para escrever justo; conhecer-se com fingimento e táctica, naturalizar-se differente e com todos os documentos; em summa, usar por dentro todas as sensações, descascando-as até Deus; mas embrulhar de novo e repor na montra como aquelle caixeiro que de aqui estou vendo com as latas pequenas da graxa da nova marca.

Há imagens nos recantos de livros que vivem mais nitidamente que muito homem e muita mulher…
Livro do Desassossego - Bernardo Soares /Fernando Pessoa

Comments:
Fica fria que não bebo. Usei aquele mavado preseo na garrafa para ilustrar a situação do cartunista, um David contra Golias, a Rede Global. É muito tristw a situação mas suas palavras como sempre apontam para a serenidade como um farol. Obrigada, greentea.
 
SEM TER O QUE FAZER E SAI ISSO?
então fique mais tempo desocupada!!! hehehe
 
Gostei de ler amiga! Quando puderes passa lá por casa para conheceres alguns dos meus amigos... Beijo e boa semana...
 
há mensagens que os livros nos trazem , tina

e q ficam para sempre gravadas em nós.

beijos
 
ghiza,

eu tenho muito q fazer...

bernardo ou fernando talvez não tivessem ou talvez os tempos fossem outros, no século passado

mas acho o Livro do Desassossego uma delicia: Li-o há uns anos atrás e agora fui buscá-lo para rever algumas passagens.

bom domingo por aí.
 
amigona, são lindos os teus bichinhos - uma ternura essa cadela que amamenta gatos de caixote do lixo!!!

e tu que os apanhas, também.
Tem um bom domingo, quase a acabar
 
Olá, grato por me teres dado a conhecer o teu espaço!
Palavras de Pessoa, sempre certas, gosto muito!

Um beijo frewco para ti, até outro instante...
 
Que palavras sábias, minha amiga, nos trouxeste.
Li-as, reli-as. Não porque desconheça o Livro do Desassossego, mas sim porque neste meu particular momento, calaram bem fundo na minha alma.
Com a voz embargada, sussurro-te um singelo: obrigada.
Um beijo sentido*
 
Voltei pra ler de novo e me re-inspirar. Vou começar a fase três do caso dos Malvados e passar minha investigação adiante.

Bom fim de domigo, até, meu licor de maracujina ;)
 
Como gostei de reencontrar palavras do Livro do Desassossego! Indispensável. **
 
que hermoso, siempre esta la magia tu esencia en todo lo que dejas
me sacaste mil sonrisas con tu post en Fragmentos, si llegaste tarde a La Tirana, son fiestas que por una noche cada uno es cada cual.
aca hay varias fiestas mas que celebran y tienen su tradicion
mi abrazo muy grande y que sea una bella semana
besitos



besos y sueños
 
... vai-se descascando o que se pode, é um desassossego!

Umas Boas Férias.
*tenho de passar por aqui, tenho a leitura em atraso.
 
Cara Amiga Greentea,

Parabéns por este post. Deixo-te com esta quadra, conhecidíssima, de Fernando Pessoa:

O poeta é um fingidor!
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor,
A dor que deveras sente!

Uma boa semana

José António
 
Olá minha querida,
este calor tira-me a inspiração para escrever, no entanto ainda posso dizer que gostei muito deste teu post, um ideal, uma utopia? Uma realdidade? Bjhs e boa semana
 
Sentir tudo de todas as maneiras...
 
Hoje, já acordei com outro estado de ânimo. Podes voltar ao Som & Tom - Os produtos Gabian logo irão voltar às prateleiras.
Obrigada pela força e cuidado.
Abração
 
Muito bonito!
:)
 
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