quinta-feira, abril 20, 2006

 

o povo da neblina

entre o povo da neblina era comum ter vários maridos ou várias mulheres. Ninguém ficava só. Se um homem
morria




os seus filhos e a sua mulher eram imediatamente adoptados por outro que pudesse protegê-los e alimentá-los.

Por sua vez uma mãe, cujo marido fosse um mau caçador, podia arranjar outros maridoos que a ajudassem a alimentar os filhos. Os pais costumavam prometer em casamento as suas filhas, quando nasciam, mas nenhuma rapariga era obrigada a casarse ou a permanecer junto de um homem contra sua vontade. O abuso de mulheres e crianças era tabu e quem o violasse perdia a sua familia e ficava condenado a dormir sózinho, porque também não era aceite na cabana dos solteiros. O único castigo entre o povo da neblina era o isolamento: o que mais receavam era serem excluidos da comunidade. Quanto ao resto, a noção de prémio e castigo não existia entre eles, as crianças aprendiam imitando os adultos porque, se o não fizessem, estavam destinados a perecer. Tinham de aprender a caçar, plantar e colher, a respeitar a Natureza e os outros, a ajudar e a manter o seu lugar na aldeia. Cada qual aprendia segundo o seu próprio ritmo e de acordo com a sua capacidade.

Isabel Allende - A Cidade dos Deuses Selvagens


Comments:
Interessante, ao mesmo tempo impressionante, a foto foi tirada por ti?
Até logo
Beijos
 
Que bonito!

O povo da neblina é exemplar!!!!
beijinho!
paz!
 
:):):)
Olá!
Então, a passear?
Ah! Mas é tão bom passear!
Esquece mesmo o blog enquanto andares por «aí»...
Descansa os olhos na luz e nas cores dos cenários naturais.
Quando regressares, tens tempo para retomar este vício sedentário!Põe-te a «bulir», mas regressa carregadinha de «emoções» prontas a desenrolarem-se nos fios das tuas palavras...
Um beijo e boa viagem!
 
Ah! E já agora diz-me onde fica esta cidade dos deuses selvagens... gostava de lá ir, quem sabe para lá ficar de vez... (?!)
 
Para a t.

tanto quanto sei este livro de Isabel Allende é passado na Amazónia, mas voltaremos ao assunto ainda
 
Olá
Passei para te fazer o convite de dares uma espreitadela ao meu kalinka...queres lá ir?

Mas, perdi-me por completo na leitura do teu artigo e de tudo apenas guardei este extracto:
O único castigo entre o povo da neblina era o isolamento: o que mais receavam era serem excluidos da comunidade.
NESTE MOMENTO DA MINHA VIDA SINTO PRECISAMENTE ISSO, O ISOLAMENTO COMO UM CASTIGO.
Beijokas e até sempre.
 
De manada cazador,polvo y sol amigos, tios y crias, madres y tios, ningun padre, todos mezclados, solidarios todo olfato, todo amable trato, aun asi muchos caminan...verdaderas familias....


besos
 
Muita sabedoria na simplicidade deste texto.De neblina só tem mesmo o nome, pois esta forma de estar na vida, é bem mais cristalina, do que a das "civilizações modernas".
 
Tenho de ler este livro...
Tem tudo a ver, não é?
Bjinhos
 
Amiga
Desejo que estejas bem, disfrutando...
Disse que passava mais logo, atrazei-me um bocadinho são 6 da manha, tambem estive a preparar o meu post que trata um assunto serio, de certa maneira relacionado...
Depois vais publlicar mais um bocadinho ou já tens outra ideia?
Já te disse que comprei o Paula?tu não conseguite lê-lo, eu comecei-o já vi o fim já o meti de lado, para mais tarde.
Muitos beijos
 
nunca li o Paula, nunca o abri, nunca quiz e li quase toda a obra dela mas sei por que o escreveu...
talvez por isso mais tarde ela escrevesse este da Cidade dos DEUSES SELVAGENS inserido numa trilogia. Vale a pena , pela dimensão de outras culturas.

vou voltar a estes temas.
E estarei sempre por aqui , embora noutro local.
 
kalinka, as perdas de alguém muito querido são um caminho diferente de crescermos, para nós e para eles.Como te disse, perdi alguém muito querido , no domingo de páscoa. Os cristãos dizem que a Páscoa é a época do Renascimento , da Ressurreição...pois assim entendi essa morte.
No Reino do Butão, também não se choram os mortos, como o diz Isabel Allende no seu livro (meu post de ontem).
Quando morre alguém que me é particularmente importante, planto uma árvore. E rego-a e cuido dela e vejo-a crescer. Amorosamente.
 
é verdade travessias
mas o povo da neblina vive na Amazónia

e até isso querem destruir

essa PAZ!!!

voltarei ao tema

porque a Amazónia pode ser em Sintra
em qualq lado

beijos.
 
onde moram os deuses da neblina? É para lá que quero ir depois de ouvir o Supremo decidir reduzir as penas da mãe e do tio da Joana...por bom comportamento e com o que já cumprira, nem 6 anos passarão na cadeia. E mataram uma miuda de cinco anos, cujo corpo ainda não apareceu!!!
 
é de clamar a todos os deuses do povo da neblina, sim
invoquemo-los a todos que nunca serão demais e invoquemo-los também para que dêem tino, capacidade, destreza mental, justiça , a esses JUIZES mentecaptos..
por todas as crianças assassinadas, pela violencia, pela agressão, pela dor dos que sofrem...

esta noite mais um cão foi abandonado aqui por perto - com um açaime na boca. era um labrador preto lindo, dócil, meigo...
 
Este livro ainda não li. E ainda bem, porque o vou lendo por aqui. :)

Um fim-de-semana com muitos oásis, para ti também.
 
Belo o nome "povo da neblina", e que sábia filosofia de vida! Uma mistura de afectos, de desprendimento e de deveres a cumprir. Pacífico e pacificador.
 
Olá!!
Antes de mais, obrigada pela tua visita lá no meu cantinho! Bem-vinda!
Gostei de cá vir! Temas interessantes! Boa!
Voltarei com certeza!!

:)*
 
Bom dia, e saudações a todos os deuses e povos da neblina, estejam onde estiverem!

beijinhos!
tem um dia feliz, e se não falarmos entretanto, um feliz fim-de-semana!
 
Minha querida,
Aproxima-se a noite dorme bem.
beijos
 
Hummm, este livro abriu-me o apetite. Os hábitos do povo da neblina assemelham-se muito aos das tribos indígenas!!! Um assunto que para mim tem muito interesse, uma vez que os silvícolas têm uma sociedade practicamente perfeita :) beijinho
 
O comentário que deixaste no meu post de aniversário, não sei se foi mal interpretado por ti, mas eu fiz uma homenagem merecedora à minha Mãe, a pessoa que me deu Vida e acho que não vi de forma negativa a morte da minha Mãe...

Depois de ler o k escreveste, fiquei baralhada pois não tem nada a ver com a minha reacção à perda da minha Mãe...
Conversava com uma pessoa que passou recentemente por uma perda, e ela me falava como essa perda estava fazendo com que ela se fechasse em si mesma, não se envolvendo mais com nada, como uma forma de se proteger de outras perdas.
NADA DISSO ACONTECEU COMIGO...
Hoje pensava nessa conversa e me lembrei de outras tantas pessoas que por medo de perder não se entregam mais à vida, ficando sempre na retaguarda, como se pudessem controlar os acontecimentos com essa atitude de não se abrir... ou de se abrir só um pouquinho... e com isso vão perdendo cada vez mais... vão perdendo tempo.... vão perdendo a vida que se escoa a cada momento sem ser vivida.
TAMBÉM NÃO TEM NADA A VER COMIGO

quando... ficamos dando voltas e voltas ao redor de uma mesma situação... dramatizando cada vez mais e fazendo com que o nosso lado que adora ser vítima saia vencedor e triunfante... Quando conseguimos ser reconhecidos como vítimas das situações, isso pode até nos dar um certo alivio, porque afinal temos razão para nos queixar... e confundimos esse reconhecimento... com amor.
Ser vitima é muito fácil e todo mundo consegue interpretar este papel... difícil é ter coragem de sair dele e assumir quem verdadeiramente somos.
TAMBÉM NUNCA ME FIZ DE VÍTIMA E ATÉ ABOMINO QUEM SE FAZ DE VITIMA, NÃO TEM NADA A VER COMIGO...!!!
Lamento não ter entendido a tua intenção e...achar que nada desse texto tem a ver com a minha pessoa
 
algumas coisas deveriamos todos aprender com o povo da neblina


outras vamos ter de aprender por nós

é tudo uma questão de aprendizagem e de evolução, a sapiência está em saber aprender e evoluir de modo correcto para nós , para o outros, e para a natureza e a terra que nos rodeia

:)
 
Acho que é um castigo dos piores, o isolamento, que não seja por vontade própria, é claro.

E Sintra aqui tão perto....

Bom fim de semana *** bjs
 
Este livro parece ser muito interessante, pela amostra! Obrigada por mostrar!
 
mil gracias desde mi corazon para ti
gracias por tu apoyo y tus bellas palabras
aqui tienes una mano amiga ante todo
hoy mi alma duele...pedi algo amado y belo, pero la vida me dara las fuerzas para lograr encontrar un poco de paz
fisicamente mi cuerpo saldra de todo
mil gracias por abrirme tu puerta y darme fuerzas

besos y sueños
 
Só me mostras lugares mágicos!

Sorri!
 
Excelente resumo! Excelente ideia que fica para nós reflectirmos mais nas nossas vidas. Adorei! Já tinha lido esse livro há uns tempos. O povo da neblina... quantos serão os povos da neblina? Já que não se sabe ao certo quantas tribos ainda permanecem ocultas na densa vegetação.
O sêlo pela Amazónia já está a votação. Quando puderes passa por lá. Um beijinho
 
un abrazo y una bella semana

besos y sueños
 
Que sábio, este povo da neblina!

Venho também fazer uma sugestão:

Não se esqueçam de ir ver o blog da Amiga Liliana: Tem coisas tão bonitas, contos com um tom de voz melódico e sereno e tão próximo da natureza, acho que iriam gostar! E ainda é pouco conhecida, vale bem a visita!

O blog é o Cidade do Esquecimento:

http://cidadedoesquecimento.blogspot.com

Isabel
 
Adorei...fiquei com vontade de comprar o livro.

Bjs
 
Passei para te dar uma beijoka e desejar uma boa noite!
Não sei quando tornarei a postar, vou de férias....
xi-coração
 
Deixei lá no Fotoescrita para ti:

FOTOESCRITA said...

É verdade, GREENTEA, há momentos em que quase perdemos a esperança e achamos que este mundo está envolto em loucura, tanto é o ódio, a injustiça, o desequilíbrio e o sofrimento. Mas felizmente que este mundo tem também muita coisa boa para nos oferecer. Mas que às vezes apetece esquecer as tais dores pousadas nos passeios... ai se apetece, tamanho é o peso. Ainda que esse desejo possa ser considerado um certo egoísmo, eu sei, e ainda que a tragédia não me bata propriamente à minha porta. Mas bolas, não se fica indiferente aos males dos outros e por vezes apetece aliviar.
Bjs também para ti que nos tens vindo a mostrar tanta coisa bonita.
 
Cara Amiga,

Há muitos anos atrás li um livro que tinha por título "As Três Sereias". Tratavam-se de três ilhas onde a população local, nativa e que estva a ser "estudada" por três cientistas destas coisas das humanidades, viviam com uma sabedoria que espantava os estudiosos.

Lá não existiam a maior parte dos vícios e das doenças mentais que pululam dos locais e civilizações ditas desenvolvidas e modernas.

Fez-me lembrar esse livro este outro que citas neste teu post.

As coisas que deveríamos aprender sobre a educação dos filhos e da filosofia de vida.

Um abraço.

José António
 
Menos poesia aqui:

Veja aqui (www.a-sul.blogspot.com) , se uma central de betão junto a um sitio Rede Natura 2000 incomoda muita gente, duas incomodam muito mais e se entre elas passar um rio... e se houver gente a habitar por perto!!! ...
 
Isabel allende...tiene la magia de muchas historias donde mezcla la alegria, la tristeza y los recuerdos
bella escritora
gracias por tuds bellos saludos
ya paso el dolor del cuerpo...ahora queda el dolor del alma...pero siempre buscando la esperanza de dias mejores
mil besos y mil gracias, por tu compañia
que mañana sea un bello dia
mi abrazo grande

besos y sueños
 
Muito bonito! A foto é linda!
 
hollá!!!!!!

Tem um dia belíssimo dia!!!!
beijinhos!!!!
Aqui tá calor, calor já!e depois da chuvas este sol está a puxar pelo verde em todo o lado! os campos estão lindos! as "minhas árvores" estão a estender-se maravilhosamente!
que bom!
dá notícias!
bjs
 
se tiver condições lçogo faço um post novo q estou fora e não tenho arquivos nem fotos e não sei se poderei gravá-las aqui

um doce dia para todos,!!!!!!!!!!!!!!!
 
bonito livro..gostei muito!
 
No Brasil o nome do livro é A Cidade das Feras, acabei de lê-lo.
Muito bom!
 
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