sábado, fevereiro 11, 2006

 

O MURO DO DERRETE

O Muro do Derrete ficou na tradição. Quantas palavras de amor ouviu, quantas promessas se fizeram ali e a quantos desenganos deu origem!

O rapaz de barrete verde
precisa a cara partida
por baixo da sobrancelha
Pisca o olho à rapariga.
O amor saloio, como o de Lisboa ou Paris, só tem nuvens cor de rosa. Naquele alheamento, ele e ela afastam-se para um recanto.
No muro do Derrete dois assentos vizinhos frente a frente, separados de outro par por alguns metros, satisfazem o desejo de isolamento, que os pombinhos anseiam e isto porque
Maria , minha Maria
Meu açafate de rosas
Não se pode namorar
Por causa das invejosas
Aceite a corte, a prudência impõe condições, que o cancioneiro saloio objectiva
Ao passar o ribeirinho
Josezinho dá-me a mão.
Que eu espero de ser tua.
Mas por ora ainda não.
O entendimento fez-se. Ela e ele amam-se, o tempo fará o resto.
(Etnografia Saloia-Subsidios para o seu Estudo - Joaquim Fontes)
Ainda hoje se encontra a Rua do Muro do Derrete, perto do local onde se realiza a Feira das Mercês e um pouco acima da Casa Museu Leal da Câmara.

Comments:
Muro do Derrete - lindo! Agora, existe só uma rua? E o jardim que a foto mostra?... Este post merece um aplauso, Greentea!
 
só tu para o aplauso!!!!!!! acho que já ninguém vai para lá...saloices, decerto.
O jardim foi para tornar o muro mais idilico mas é doutro lado.Olha, só te aconselho que te "derretas" neste domingo ameno cheio de sol, a cheirar a primavera.
 
Obrigado pelo comentário.
Obrigado pelas " vistas " , que ofereces, da minha querida Sintra.

Obrigado pelas fotos da Quinta da Regaleira.
Lembrei-me daquela máxima
" V.I.T.R.I.O.L. " a partir da qual tudo ali tem um significado esotérico e oculto.
Bji e volta sempre ao meu canto.
Como não Linko ninguém, só coloco em FAVORITOS, já lá estás, para voltar aqui.
 
Belissimo... abraço
 
Na Quinta da Regaleira, eu busco a Luz,as relações simbólicas entre o divino e o terreno, o transcendente e imanente, o visível e o invisível, o homem e o universo.
E onde houver uma pedra lavrada, aí encontrarás a minha alma purificada pelo Tempo e pela Memória.

E lembra-te : V.I.T.R.I.O.L.

Se um dia voltares a Bragança e Rio de Onor, encontrarás também o meu olhar, perdido em cada monte e em cada regato de águas límpidas.

Bji
 
É uma graça, o título deste post.
 
e eu ali tão perto!!!!!!
bom saber... que a ignorância é a mãe de todos os preconcetios (acho que de todos os males)!
bj gr!
 
Tão bonito!
 
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