segunda-feira, janeiro 23, 2006

 

Mentalidades

Revistas femininas nos anos 50/60
* Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas.(Jornal das Moças, 1957)
* Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afecto.(Revista Cláudia, 1962)
* A desarrumação numa casa-de-banho desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa.(Jornal das Moças, 1965)
* A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas.Nada de incomodá-lo com serviços domésticos.(Jornal das Moças, 1959)
* Se o seu marido fuma, não arranje zanga pelo simples facto de cair cinzas nos tapetes. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa.(Jornal das Moças, 1957)
* A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar a uma mulher que não tenha resistido a experiências pré-núpciais, mostrando que era perfeita e única, exactamente como ele a idealizara.(Revista Cláudia, 1962)
* Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu.(Revista Querida, 1954)
* O noivado longo é um perigo.(Revista Querida, 1953)
* É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido.(Jornal das Moças, 1957)
E para finalizar, a mais de todas:* O LUGAR DA MULHER É NO LAR. O TRABALHO FORA DE CASA MASCULINIZA.(Revista Querida, 1955)
"Apesar de hoje as revistas femininas (nem todas..) serem menos machistas e falarem mais sobre a mulher independente e obviamente mais abertas sobre o sexo e a sexualidade, são ainda bastantes padronizadas sobre a "beleza feminina" sendo o braço direito das industrias de cósméstica e apesar de agora ser de maneira mais indirecta continuam a dar realçe à "mulher-imagem" que deve estar "bela" e bem "arranjada" para o "seu homem" e muitas destas revistas são mesmo ainda bastante machistas julgando a mãe solteira, o aborto, e a mulher que seja ... independente demais, e continuam a por a mulher na cozinha e frente à telenovela."
texto retirado da zine libertária Herege Social
LF
terraviva 01:37 PM
extracto do blog terraviva

Comments:
criamos os modelos de que vestimos o mundo...como se para ser gente houvesse apenas um padrão...
 
Olá
Como o mundo e o ser humano mudaram em 50 anos.
um abraço
Leão
 
Meu Deus, os perigos que eu corri sem dar por isso. E há tão pouco tempo.
 
As mesmas coordenadas, quanto a "paralelismos".

«Fragilidade, teu nome é mulher!», William Shakespeare

Nada é (apenas) o que parece...

Volta sempre
 
Até que é divertido, ou não. digo eu... Algumas destas ainda estão em vigor.
 
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