segunda-feira, janeiro 23, 2006

 

JOGAR Á MACACA

Hoje e sempre : para aliviar o stress re-active a mente e faça

"exercício físico e uma dieta alimentar com baixa ingestão calórica são capazes de retardar o aparecimento de sintomas da doença, sua progressão ou quem sabe, de certa forma, até mesmo evitá-la.Não é novidade que exercícios fazem bem para saúde física e mental. A actividade física, no entanto, é capaz de ir além da promoção de bem estar. Têm sido observados efeitos protectores para o desenvolvimento de demências, entre elas a doença de Alzheimer.Um estudo de caso-controle mostrou a relação de protecção de actividades físicas no desenvolvimento da demência, foram observados também que actividades passivas e intelectuais, principalmente esta última, tem uma forte associação actuando como factor de protecção para o desenvolvimento precoce de demência.O estudo leva em consideração a diversidade de actividades desenvolvidas pelos sujeitos da pesquisa assim como a intensidade com que foram praticadas. Os dados mostram que o grupo controle desenvolveu maior diversidade de actividades físicas durante a vida adulta nas duas fases consideradas (dos 20 aos 30 anos e dos 40 aos 50 anos de idade), com maior intensidade que o grupo de casos, a média de actividades intelectuais também foi maior entre o grupo controle na fase adulta tardia. No entanto, os dados sobre as actividades passivas, que diz respeito às actividades quotidianas, não tiveram significância estatística.Para evitar que a redução de actividades no grupo de casos ocorresse em função da apresentação sub-clínica da doença, ou seja, no período de pré-morbidade não foram colectados dados referentes aos 5 anos que antecederam o início da demência.Os resultados desse estudo indicam que pacientes com AD foram menos activos na meia idade, em relação a actividades passivas, intelectuais e físicas se comparados ao grupo-controle. A razão de prevalências mostra que: pessoas que foram, relativamente, inactivas para essas actividades tem um aumento de 250% do risco de desenvolver a doença.As contribuições da actividade física podem ser resumidas em perda de peso, introdução de dieta adequada (aumento do consumo de antioxidantes e diminuição da ingestão de gorduras), além do condicionamento do sistema cardiovascular.Aliada à prática de exercícios a introdução de uma dieta adequada também demonstrou efeitos protectores sobre o sistema nervoso central. Uma dieta restrictiva (baixa ingestão de calorias) pode aumentar a resistência de neurónios a disfunção e morte em modelos experimentais das doenças de Alzheimer, Parkinson e Huntington. O mecanismo subjacente do efeito benéfico da restrição da dieta envolve a estimulação de proteínas de stress e fatores neurotróficos .Esses factores induzidos pela dieta restrita podem proteger os neurônios induzindo a produção de proteínas que suprimem a produção de radicais oxidantes, atuando na homeostasia do cálcio intracelular e inibindo a cascata bioquímica da apoptose.A limitação da dieta, de forma interessante, também aumenta o número de células nervosas geradas de novo no cérebro adulto, sugerindo que a manipulação da dieta pode aumentar a plasticidade e a auto-reparação cerebral. Viu-se que tanto a actividade física quanto a mental são capazes de aumentar, semelhantemente, a produção de fatores neurotróficos e a neuro-gênese.Outros dados relacionam a dieta restricta e as actividades físicas e mentais com a redução da incidência e severidade da desordem neurodegenerativa em humanos.Mais uma vez os estudos apontam para uma condução de vida saudável, actividade física regular e boa alimentação, uma receita simples e velha conhecida de todos nós. "
Danielle Martins Rocha, Faculdade de Medicina, Centro de Ciências da Saúde, UFRJ, Rio de Janeiro

Texto extraido do blog Neurofitness - Instituto da Inteligencia

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